O papa Francisco cumprimenta os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, no domingo, 3 denovembro, para a recitação do Ângelus. | Crédito: Vatican Media. |
Por David Ramos*
“Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor”, disse o papa Francisco antes daoração do Ângelus de hoje (3), aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, noVaticano. “O Senhor virá e nos perguntará sobretudo sobre o amor”.
Francisco disse que o Evangelho de hoje, tirado de Mc 12,28-34, “nos conta umadas muitas discussões que Jesus teve no templo de Jerusalém”, na qual umescriba lhe pergunta “qual é o primeiro de todos os mandamentos?”
“Jesus nos dá a resposta, combinando esses dois mandamentos que são osprincipais: ‘Amarás o Senhor teu Deus’ e ‘amarás o teu próximo’”, disse o papa.
Francisco disse que “esta questão é essencial também para nós, para a nossavida e para o caminho da nossa fé”, porque “também nós, de fato, às vezes nossentimos perdidos em tantas coisas e perguntamo-nos: mas, afinal, o que é omais importante de tudo? Onde posso encontrar o centro da minha vida, daminha fé?”
O papa disse que “Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nuncadevemos separar Deus do homem”, destacando que “ao discípulo de todos ostempos o Senhor diz: no seu caminho o que conta não são as práticas externas,como holocaustos e sacrifícios, mas a disposição do coração com que você seabre a Deus e aos seus irmãos no amor”.
“Podemos fazer muitas coisas, de fato, mas fazê-las só por nós mesmos e semamor, isso não funciona; fazê-las com o coração distraído ou com o coraçãofechado, isso não funciona. “Tudo deve ser feito com amor”, disse.
Francisco disse que “o Senhor virá e nos perguntará antes de tudo sobre oamor: 'Como você tem amado?', por isso “é importante fixar em nosso coração omandamento mais importante. Qual é ele? Amar o Senhor, teu Deus, e amar opróximo como a si mesmo”.
“E todos os dias façamos nosso exame de consciência e nos perguntemos: oamor a Deus e ao próximo é o centro de minha vida? Minha oração a Deus meimpulsiona a ir ao encontro de meus irmãos e amá-los gratuitamente?Reconheço a presença do Senhor no rosto dos outros?”
“A Virgem Maria, que levou impressa no seu coração imaculado a lei de Deus,ajuda-nos a amar o Senhor e os irmãos”, disse.
“O que eu faço pelo povo de Valência?”
No final da oração do ângelus dominical, o papa Francisco voltou a dirigirpalavras aos que sofrem com as inundações causadas pela Depressão Cerradaem Altura (DANA) na Espanha, especialmente em Valência, onde há mais de 214mortos.
“Continuemos a rezar por Valência e por outros povos da Espanha que estãosofrendo tanto nestes dias. O que eu faço pelo povo de Valência? Rezo? Ofereçoalgo? Pensem sobre esta pergunta”, perguntou
Que a “guerra seja proibida”
Francisco também reiterou o seu apelo à paz, “e que este princípio sejaimplementado em todo o mundo: a guerra é proibida e os problemas sãoresolvidos através da lei e da negociação”.
“Calem-se as armas, seja dado espaço ao diálogo”, exortou, garantindo aomesmo tempo que “rezamos pelos martirizados Ucrânia, Palestina, Israel,Myanmar e Sudão do Sul”.
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*David Ramos é editor-chefe da ACI Prensa. Cobriu as viagens do papa Franciscopara o Equador, Paraguai, México, Colômbia, Chile e Peru.
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